Sueli Martini materializa esta concepção de artista, sendo única e muitas a um só tempo, trazendo para o campo da sensação as dicotomias do homem contemporâneo e sua dualidade imanente.
É artista arquiteta arquitetando sua imagem poética, dizendo com signos o que palavras não revelam. Insinua entre nós um rumor há muito conhecido. E é fácil perceber que em sua ação não há contradição entre a arquiteta e a pintora, ao contrário disto, a marca das duas formações soa uníssona. Ambas projetam visões que nos revelam um espaço vital: a casa do homem.
Qual é agora a morada humana?
Anteriormente a pintora exibia a profusão de fragrâncias, sabores, cores e formas dos trópicos, convidando o olhar público para as delícias de um passeio num pomar. Mostrava-nos a exuberância de um mundo paradisíaco, farto em flor e fruto.
Cabe lembrarmos que, mesmo na panacéia tropical, não há dúvidas de que a mão da arquiteta está por trás de tudo, basta notarmos a organização dos elementos, o uso do espaço e o jogo de luz e sombra, para logo saltar à vista as raízes do planejamento, da objetividade racional, sustentando a natureza em seu viço e frescor.
O que Sueli nos dizia?
Alimentava sonhos...
E agora, o que nos diz sua obra?
Sendo a tradutora deste momento, como não radicalizar seu discurso, se a nossa regra é a efetivação de um sempre mais novo substituto para o agora – disto há muito pouco era o novo -, consumidores de novidades descartáveis, sempre imersos na fútil fábula da promessa solúvel de algo que fará desaparecer uma ausência irreparável?
Eis a nossa paisagem tornada visível por Sueli Martini.
É artista arquiteta arquitetando sua imagem poética, dizendo com signos o que palavras não revelam. Insinua entre nós um rumor há muito conhecido. E é fácil perceber que em sua ação não há contradição entre a arquiteta e a pintora, ao contrário disto, a marca das duas formações soa uníssona. Ambas projetam visões que nos revelam um espaço vital: a casa do homem.
Qual é agora a morada humana?
Anteriormente a pintora exibia a profusão de fragrâncias, sabores, cores e formas dos trópicos, convidando o olhar público para as delícias de um passeio num pomar. Mostrava-nos a exuberância de um mundo paradisíaco, farto em flor e fruto.
Cabe lembrarmos que, mesmo na panacéia tropical, não há dúvidas de que a mão da arquiteta está por trás de tudo, basta notarmos a organização dos elementos, o uso do espaço e o jogo de luz e sombra, para logo saltar à vista as raízes do planejamento, da objetividade racional, sustentando a natureza em seu viço e frescor.
O que Sueli nos dizia?
Alimentava sonhos...
E agora, o que nos diz sua obra?
Sendo a tradutora deste momento, como não radicalizar seu discurso, se a nossa regra é a efetivação de um sempre mais novo substituto para o agora – disto há muito pouco era o novo -, consumidores de novidades descartáveis, sempre imersos na fútil fábula da promessa solúvel de algo que fará desaparecer uma ausência irreparável?
Eis a nossa paisagem tornada visível por Sueli Martini.
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